segunda-feira, 30 de agosto de 2010

A Estranha Beleza da Língua Portuguesa

A nossa digníssima 'língua de Camões', a tal que tem fama
de ser pérfida, infiel ou traiçoeira.


Um político que estava em plena campanha chegou a uma pequena cidade,
subiu para o palanque e começou o discurso:



- Compatriotas, companheiros, amigos! Encontramo-nos aqui, convocados,
reunidos ou juntos para debater, tratar ou discutir um tópico, tema ou
assunto, o qual me parece transcendente, importante ou de vida ou
morte. O tópico, tema ou assunto que hoje nos convoca, reúne ou junta
é a minha postulação, aspiração ou candidatura a Presidente da Câmara
deste Município.

De repente, uma pessoa do público pergunta:

- Ouça lá, porque é que o senhor utiliza sempre três palavras, para
dizer a mesma coisa? O candidato respondeu:

- Pois veja, meu senhor: a primeira palavra é para pessoas com nível
cultural muito alto, como intelectuais em geral; a segunda é para
pessoas com um nível cultural médio, como o senhor e a maioria dos que
estão aqui; A terceira palavra é para pessoas que têm um nível
cultural muito baixo, pelo chão, digamos, como aquele alcoólico, ali
deitado na esquina.

De imediato, o alcoólico levanta-se a cambalear e 'atira':

- Senhor postulante, aspirante ou candidato: (hic) o facto,
circunstância ou razão pela qual me encontro num estado etílico,
alcoolizado ou mamado (hic), não implica, significa, ou quer dizer que
o meu nível (hic) cultural seja ínfimo, baixo ou mesmo rasca
(hic). E com todo a reverência, estima ou respeito que o senhor me
merece (hic)pode ir agrupando, reunindo ou juntando (hic) os seus
haveres, coisas ou bagulhos (hic) e encaminhar-se, dirigir-se ou ir
direitinho (hic) à leviana da sua progenitora, à mundana da sua mãe
biológica ou à puta que o pariu!

Nenhum comentário:

Postar um comentário